1 de setembro de 2016

A "coisa"



"Sabes aquela coisa que, no outro dia, foi coisar o coiso? Eu cá não sou de coisas, mas ouvi dizer que foi uma coisa daquelas..." 

Não perceberam? Como assim? Eu até escrevi em bom português, com vírgulas e tudo.

Sou capaz de ouvir variações desta conversa pelo menos 2 vezes por semana, e entendo perfeitamente. Porquê? Porque normalmente as conversas já vêm de um contexto prévio. Mas é verdade que há pessoas que abusam destas expressões e não fazem sequer um esforço para dizer a palavra certa.

Agora, querem saber a melhor? “Coisar” é um verbo que existe no dicionário, creio eu desde o início deste ano. “Eu coiso, tu coisas, ele coisa…”.
Por isso, lá se vai o argumento do “Fala português, pá!”…


21 de julho de 2016

As motas agora são um transporte prioritário?



Este é um tema com o qual possivelmente muitos de vocês já se debateram várias vezes. No entanto, uma vez que só comecei a conduzir com frequência diária há relativamente pouco tempo, só agora me deparei com esta situação.

 Do que estou a falar? Da mentalidade de certos motociclistas que acham que o facto de terem um veículo de duas rodas lhes dá o direito de achar que a estrada é toda deles. Sim, eu sei que uma das ideias de ter uma mota é poderes escapar ao trânsito. Mas amigos, há regras a cumprir!

No outro dia, fui ultrapassada por uma mota pela direita. Este condutor utilizou o espaço de uma paragem de autocarro para fazer esta manobra, fazendo-me passar um mau bocado quando a vi aparecer vinda do nada e meter-se à minha frente de repente. Queres ter um acidente? Porque é assim que vais ter um acidente!

 E vocês, já tiveram alguma má experiência com motas?

17 de julho de 2016

Encontros imediatos num corredor...




Vamos criar aqui uma situação:
Chegas de manhã ao trabalho e encontras algum colega de outro andar/edifício/departamento (aquela pessoa com quem não estás o dia todo) e dizes “Bom dia!” outro cumprimento mais elaborado.
Algumas horas depois, voltas a cruzar-te com essa pessoa num corredor. O que fazer?

Opções:
- Dizer novamente “Bom dia! / Boa tarde!” parece estar fora de questão, pois pode deixar a outra pessoa a pensar “Este aqui já não se lembra que me viu há bocado!”.
- Não dizer nada pode fazer-te passar por mal-educado. É só um conselho.
- Podes sempre optar pela piadinha desbloqueadora de conversa, mas chega ao ponto em que vais parecer o palhaço lá do sítio…
- Eu por vezes opto por um sorriso silencioso, mas fico sempre a achar que devia ter dito qualquer coisa.

O que fariam vocês?

14 de julho de 2016

Porque é que certas pessoas me levam demasiado a sério?


Ao contrário do que alguns (muitos) pensam, eu não sou uma pessoa muito séria. Não sou carrancuda nem mal disposta, nem uma pessoa sem sentido de humor (pelo contrário!).
A minha forma de reagir a algo engraçado não é tão efusiva como um LOL (laughing out loud) mas mais como um LSQ (laughing softly and quietly; sim, acabei de inventar…), mas isso não significa que não ache graça à piada; simplesmente tenho uma maneira diferente de o expressar. Além disso, o meu humor sempre se virou mais para o lado da piada dita “inteligente”, que te dá para pensar antes de te dar para rir.


Por esse motivo, há quem me leve demasiado a sério. Há quem diga que eu não acho graça a nada. Há quem diga que eu devia ser mais descontraída. Há até quem, na altura dos meus 15-17 anos, me tenha chamado “cota” por eu não ter essas reacções exuberantes e ruidosas típicas de adolescente, em certas situações.

“Ora, e qual o problema?”, perguntam vocês, “É bom ser levado a sério, darem-te ouvidos e mostrares que és dona da tua vida”.
Pois, mas passa-se o seguinte: já não posso usar da minha mais apurada ironia, que todos pensam que estou a falar a sério; não posso fazer qualquer comentário mordaz sem que vejam nele segundas intenções; inclusivamente, sei que já deixaram de ter conversas banais comigo porque acham que eu vou ser arrogante ou superior ou lá o que acham que sou.

Enfim, passei a minha vida toda a tentar adaptar-me aos outros porque era “fora do padrão”, mas tudo tem um limite. Eu sou eu, com todas estas particularidades (chamar-lhe defeitos seria muito forte), e se deixei de interagir mais proximamente com alguém por causa disto, então é porque essa pessoa não me compreendeu, e a vida andou para a frente.

E vocês, acham que ser levado a sério pelos outros é bom ou mau?


PS: Não, não vou fazer um discurso sobre porque é que não escrevo há tanto tempo. Simplesmente não me apeteceu. E eu sou uma pessoa de “apeteceres” :P